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Diferentes formas de financiares o teu projeto

Muitos “empreendedores” trabalham com o único objectivo de angariar investimento por parte de business angels ou capitais de risco e a verdade é que pode chegar a um determinado ponto em que esse investimento é essencial para a continuidade do projeto. No entanto, também é verdade que as rondas de investimento devem (eventualmente) ser um meio e não podem (nunca) ser um fim.

Mas a verdade é que para além das tão almejadas rondas de investimento, existem vários outros meios que podem funcionar como excelentes alternativas para financiar o teu projeto. E o melhor? Nós vamos revelar-te várias delas.

Bootstrapping
Esta é talvez a alternativa mais utilizada pelos empreendedores para financiar os seus projetos (pelo menos numa primeira fase).

Numa fase inicial muitas das startups são financiadas por capitais próprios, esse processo é habitualmente denominado de  bootstrapping. No fundo, o empreendedor consegue montar o negócio numa escala mais pequena, totalmente apoiado em “recursos próprios”. Normalmente falamos de um valor de investimento relativamente baixo

 

Quando os empreendedores optam pelo bootstrapping, estão geralmente enquadrados numa de duas situações:

  1. Ou mantêm-se a trabalhar noutra empresa, dedicando/investindo uma parte do salário no seu projeto/negócio;
  2. Ou utilizam parte das suas poupanças (o que implica já ter passado por um período prévio de poupança).

Optar pelo bootstrapping traz ao empreendedor algumas vantagens, tal como conseguir controlar totalmente o seu negócio (pois as obrigações contratuais tendem a ser mínimas). Outra das mais valias é acabar por ter uma fatia maior dos lucros a ‘colher’.

Mas atenção! Tudo tem prós e contras e o bootstrapping não é exceção! Pois o empreendedor está 100% dependente dos seus recursos financeiros, pelo que se ‘a coisa’ correr mal, é a carteira dele a principal prejudicada.

 

Mas afinal, porque é que o bootstrapping é uma das formas de financiamento mais escolhidas pelos empreendedores?
Liberdade. Liberdade para controlar, para ter autonomia, para aplicar a sua visão, tentar de mil e uma formas e concretizar!

 

Crowdfunding
No fundo é como que um sistema de financiamento colaborativo, onde várias pessoas se transformam em “investidores particulares” e podem investir num produto, negócio ou projeto.

 

Existem algumas plataformas online que permitem organizar campanhas de crowdfunding:

  • PPL (nacional); Kickstarter (internacional) – plataforma norte-americana, considerada a maior do mundo;. Lançada em 2009, reúne diversos produtos do mundo inteiro, desde tecnologia, design, arte, música, mantém uma comissão de 5% sobre os valores arrecadados, mas atenção: se os objetivos financeiros não forem atingidos dentro do prazo determinado nenhum dinheiro troca de mãos;
  • Indiegogo – fundado em 2008 e com sede na Califórnia foi das primeiras plataformas de crowdfunding a surgir. Em 2014, o Indiegogo lançou Indiegogo Life, um serviço que as pessoas podem usar para arrecadarem dinheiro para emergências, despesas médicas, comemorações, ou outros eventos de vida (esta versão não cobra taxa de plataforma);
  • GoFundMe (internacional) – funciona de forma semelhante ao Kickstarter, a grande diferença entre o Go Fund Me e o Kickstarter é que o Go Fund Me opera sem limites de tempo, dando imediatamente aos utilizadores as doações que estes recebem, depois de lhes tirar uma comissão de 5%;
  • Kiss Kiss Bank Bank (internacional) – francesa e fundada em 2010, mais vocacionada para design, jornalismo, livros, jogos, fotografia, web, tecnologia, entre outros;
  • Fundly (internacional) – já arrecadou mais de 330 milhões de dólares. Funciona a partir da conta do Facebook;
  • Fundrazr (internacional).

 

Mas porque é que as pessoas ganham ao “apoiar” as ideias/produtos nas plataformas de crowdfunding?
Geralmente os promotores atribuem uma recompensa para cada apoiante, que muitas vezes é definida em função do valor “doado”, geralmente são exemplares do produto ou merchandising/brindes ligados ao mesmo. Outra dica para o promotor é obter patrocinadores que ajudem a “vender”/promover a melhor forma a ideia ou o produto.

 

Business Angels

De acordo com o Guião sobre formas de financiamento a startup, da Agriempreende, os chamados ‘Investidores anjo’ são investidores privados e individuais especializados em apoiar com o seu próprio dinheiro, projetos com potencial de crescimento elevado e que têm subjacente conceitos inovadores suscetíveis de gerarem rentabilidade, exigindo em troca a entrada no capital das empresas. Trata-se de uma participação delimitada no tempo, com o objetivo de valorização a médio prazo, tendo em vista a alienação posterior das participações a outros interessados.

Os BA atuam de forma individual ou reúnem-se em Clubes de ‘anjos’ (assumindo a forma jurídica de Entidades Veículos), numa partilha forte e estratégica de recursos e conselhos entre as empresas em que investem. O dinheiro que os BA aportam a um projeto é conhecido como smart money, exatamente porque não vem sozinho, mas sim com um homem ou uma mulher por detrás, que está disponível para ter uma participação no desenvolvimento do projeto em causa. Além do capital financeiro disponibilizado, os Business Angels colocam à disposição dos empresários o seu know-how (fator indispensável para a gestão operacional do negócio) e rede de contactos. Esse dinheiro será tanto ou mais “smart” quanto maior a afinidade do Investidor com a tecnologia e o mercado do Empreendedor

 

Capitais de risco
De acordo com o Guia “Financiamento ao Investimento” da AEP Câmara do Comércio e Indústria, o Capital de Risco (CR) é uma solução de investimento de carácter temporário que contempla a participação no capital social das empresas intervencionadas. Nesse pressuposto, a sociedade ou o agente de Capital de Risco torna-se sócio ou acionista da empresa financiada, reforçando a sua capacidade financeira e as competências de gestão.

O Capital de Risco é o meio adequado para financiar empresas que apostam em setores emergentes, altamente competitivos, caracterizados pela inovação (de produtos, serviços, processos de produção ou distribuição) e com grande potencial de crescimento e rentabilidade inerentes.

Existem vários operadores a atuar no mercado de capital de risco, sendo que a escolha poderá atender, entre outros aspetos, à política de investimentos de cada um deles, possíveis objetivos específicos (internacionalização, tecnologias de informação, ambiente, comércio, turismo, etc.), e ainda a maior ou menor dimensão desejada para o investimento

 

Financiamento europeu
No âmbito do financiamento europeu, uma das plataformas mais importantes é o Portugal 2020, a informação está toda disponível em www.portugal2020.pt e no site do IAPMEI em www.iapmei.pt.

 

O Espaço Empresa do Município de Guimarães Comunicação está também, como habitualmente, disponível para o ajudar a esclarecer todas as dúvidas sobre este e outros programas de apoio. Pode entrar em contacto através do n.º de tel. 253 421 213 ou do e-mail espacoempresa@cm-guimaraes.pt.

Agora cabe a ti escolher a melhor forma!

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